Há um desafio do segmento metalomecânico em fazer o país voltar ao ranking de competitividade internacional. Você sabe o que o garfo utilizado nas suas refeições diárias e a máquina ultramoderna da indústria automobilística têm em comum? Ambos são resultados dos processos de transformação promovidos pela indústria metalomecânica, um setor indispensável para o desenvolvimento econômico de uma nação.
No Brasil, isso não é diferente. Para se ter uma ideia, somente no Rio Grande do Sul, o complexo metalomecânico é um dos setores mais representativos da economia. Ele chega a 37,6% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial, segundo levantamento realizado pela Federação das Indústrias gaúcha (FIERGS).
Os dados também apontam para a existência de cerca de dez mil estabelecimentos do setor, o que equivale a 41% de todas as fábricas do ramo localizadas nos três estados do Sul do país.
Além disso, o setor caminha para a plena recuperação pós-pandemia, recebendo investimentos e o olhar atento dos empresários. Entretanto, é preciso saber que esse salto para a colheita de bons frutos também é indicativo de desafios pela frente, somados às oportunidades que animam o segmento e prometem trazer o Brasil de volta ao ranking da competitividade e produtividade.
Quer saber como?! Então, acompanhe o texto e saiba como isso é possível!
O que compreende a indústria metalomecânica
É indiscutível a importância do metal na indústria. Desde a 1ª Revolução Industrial, ele tem sido peça-chave para a existência de máquinas, equipamentos, veículos de transporte e bens de consumo que estão no nosso dia a dia. O que garante à indústria metal mecânica, também chamada metalomecânica ou metalúrgica, papel de destaque no cenário econômico, foco de investimentos significativos ao longo dos anos.
Para entender melhor a sua importância, vamos explicar melhor. Esse segmento nada mais é do que aquele que compreende a transformação de diferentes metais em produtos para a indústria ou consumidor final.
Estamos falando de elementos como o cobre, aço, ferro, prata, ouro, estanho e outros, os quais passam por um processo físico-químico e que resulta em produtos que vão desde máquinas até uma simples fechadura de porta, de veículos às matrizes fabris. Alquimias que tornam o setor fundamental para a economia.
E o metalomecânico engloba diferentes áreas, as quais são:
Usinagem:
É responsável em dar novas formas a objetos que podem, ou não, ser de metal, ao submeter determinado material à ação de uma máquina e/ou ferramenta, a partir de diferentes processos. São eles o serramento, aplainamento, torneamento, fresagem, furação e brochagem, muito utilizados na indústria automóvel, naval, aeroespacial, eletrônica e de eletrodomésticos.
Deformação plástica:
Decorre do deslocamento de átomos ou moléculas para novas posições, formando novos objetos. Tal processo acontece após a deformação elástica, ou seja, quando não é mais possível manusear os materiais em transformação. É dividida em deformação por escorregamento e por maclação, mas existem outros processos associados a essa prática, como é o caso da estampagem, forjamento e laminagem.
Soldagem:
União permanente de materiais que não precisam ser idênticos, o que pode ocorrer por fusão (calor) e por pressão (também calor, mas a uma temperatura inferior a de fusão).
Fundição:
Diz respeito ao processo de colocar metal líquido num molde que, por sua vez, dá forma ao objeto que se deseja fundir. Uma vez concluído o processo, o mesmo pode ser retirado para arrefecer e solidificar mais rapidamente. Portanto, o objeto solidificado é o objeto fundido. Além disso, permite a criação de instrumentos de uma forma muito mais barata, como acontece com aqueles feitos em bronze.
O surgimento da indústria metalomecânica nacional
A indústria nacional ganhou forças a partir da instalação do parque industrial brasileiro, na década de 50. Nessa época, o objetivo era mudar o modelo até então existente, que considerava o Brasil como um país primário, exportador e dependente do fornecimento de bens de capital.
Mas, foi nos anos de 1960 a 1970 que a indústria metalomecânica passou a se inserir na formação bruta de capital, consolidando o setor e assumindo grande importância na produção de bens e serviços que utilizam o ferro, o alumínio e outros metais como matéria-prima de transformação.
Um importante passo que levou à divisão do setor em seis grandes subgrupos de produção, responsáveis pela fabricação dos seguintes itens:
- produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos);
- máquinas e equipamentos;
- máquinas, aparelhos e materiais elétricos;
- equipamentos de transporte;
- outros equipamentos de transporte (exceto veículos automotores);
- manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos.
E é a produtividade em tais áreas que garante à indústria metalomecânica um lugar de destaque no ranking da exportação nacional, essencial para o desenvolvimento econômico do Brasil, ao ser responsável por diversas formas de produção e transformações de metais, aplicados nos mais diferentes setores.
Entretanto, a área enfrenta muitos desafios para o pleno desenvolvimento das suas atividades, como os que você conhecerá agora!
9 principais desafios do setor
Infelizmente, o Brasil está na lanterna do ranking internacional de competitividade. Quem comprova isso é o Anuário de Competitividade Mundial, pesquisa feita pelo IMD World Competitiveness Center, a qual tem a missão de verificar o ambiente econômico e social do país para gerar inovação e se destacar no cenário global.
Segundo as informações de 2022, o país caiu duas posições em uma lista composta por 63 países, alcançando a 59ª posição. Ou seja, classifica-se entre as nações menos competitivas no mundo, à frente apenas de África do Sul, Mongólia, Argentina e Venezuela. Muito diferente de 2010, quando ocupava o 38º lugar.
O motivo para essa queda está na falta de produtividade e de crescimento na agenda digital, além de não receber investimentos significativos em infraestrutura.
Mas, reverter isso não é impossível e existem 5 desafios que precisam ser enfrentados pelo setor metalomecânico para tirar o país da estagnação. Saiba quais são!
1. Planejamento operacional
Todo o planejamento de uma indústria deve ser minucioso. E no setor metalomecânico, ele também precisa ser realizado com a devida atenção aos pontos centrais do negócio, para evitar que a empresa sofra com a perda de sua competitividade. O que inclui estabelecer metas e objetivos, além de determinar um passo a passo do que será realizado.
Dessa forma, tanto o orçamento quanto os prazos estipulados serão respeitados, com impactos diretos na:
- Redução de custos e gastos desnecessários: com um planejamento assertivo, as chances de projetos onerosos são bem menores, pois é possível identificar com facilidade qualquer gasto ou desvio fora do previsto;
- Prevenção de erros e falhas: atrasos não são bem-vistos pelos clientes e a concorrência acirrada junto ao setor é ponto negativo para quem não aposta na eficiência. Logo, somente a gestão de tarefas colabora para a identificação dos erros antes mesmo que eles aconteçam e evitem gastos desnecessários;
- Otimização do processo produtivo: prazos sendo cumpridos, execuções bem-sucedidas, pessoal alocado corretamente e máquinas bem aproveitadas fazem parte de um bom planejamento. O resultado pode ser visto no processo produtivo transcorrendo da melhor forma possível.
2. Comunicação entre as áreas da organização
As demandas atendidas pelo setor metalomecânico são as mais variadas possíveis, o que reflete nas particularidades de produção entre uma empresa e outra, com maior ou um menor nível de comunicação entre as áreas envolvidas.
Como:
- Montagem sob encomenda: caracterizada pelo preparo do estoque e pela aquisição de variados componentes de uma máquina. Porém, o início dessa “movimentação”, às vezes, acontece somente após o fechamento comercial;
- Produção sob encomenda: os processos produtivos se iniciam no momento em que os negócios são fechados, normalmente existindo uma lista de mercadorias disponíveis que segue um padrão já existente;
- Engenharia sob encomenda: parâmetros diferenciados e geralmente personalizados são estabelecidos durante o fechamento comercial. Isso aumenta significativamente o grau de complexidade para o desenvolvimento dos produtos e/ou serviços;
- Produção para estoque: fabricação adiantada, cuja expectativa é antecipar as demandas do mercado, envolvendo itens padronizados e alta velocidade.
Logo, o desafio é integrar todas as áreas, de forma adequada e evitando possíveis falhas e erros.
3. Monitoramento das informações do chão de fábrica
O chão de fábrica é a base de todo o processo industrial. Portanto, saber o que acontece dentro dele é fundamental para uma produção otimizada, além de apresentar as seguintes vantagens:
- planejamento da produção;
- atualização das informações para engenharia;
- criação de indicadores de produtividade, acompanhamento de capacidade, qualidade dos produtos, falhas operacionais, entre outros;
- detenção de informações dos diversos setores em tempo real;
- acompanhamento dos recursos;
- aceleração da tomada de decisão durante eventualidades;
- realização do planejamento do faturamento;
- repassar informações aos clientes;
- estabelecer datas para entregas futuras.
Além disso, por ser dinâmico, o chão de fábrica pode estar constantemente se modificando, influenciando as demais áreas da empresa. O que acaba exigindo uma gestão com métodos participativos e que motivem os colaboradores, uma vez que as pessoas são o sucesso da organização. Ou seja, valorizando os profissionais, escutando suas demandas, críticas e elogios.
4. Manutenção de registros de engenharia atualizados
Dentro de uma indústria, a engenharia de produção controla a manutenção dos produtos e processos, como também cria novos. Uma área de extrema relevância, pois possibilita a arquitetura da linha de produção, indicando roteiros, estágios, matérias-primas e recursos utilizados.
Dessa forma, para garantir a produção esperada, é fundamental manter os registros de engenharia atualizados, já que a ineficiência no cadastramento de itens fabricados pode resultar na falta de agilidade produtiva, em desperdícios e retrabalhos. Assim como no aumento dos desperdícios, um dos calcanhares de Aquiles das indústrias e que vamos falar no próximo tópico.
5. Redução de desperdícios
Esse pode ser considerado um dos maiores desafios do setor metalomecânico, devido à complexidade do setor e o número de perdas significativas que podem resultar das operações. Para se ter uma ideia, a quebra de equipamentos de alto valor, por exemplo, equivale a prejuízos de grande vulto.
Mas existem indicadores que podem ajudar nesse entendimento, como:
- o ranking de eficiência das máquinas e dos colaboradores;
- a quantidade de peças e produtos que é produzida por horas, considerando o período, os equipamentos e os funcionários;
- o número de itens que foram retrabalhados por máquina ou trabalhador;
- a produtividade geral da fábrica (tempos esperados X tempos reais de fabricação);
- a quantia de peças reprovadas nos testes de qualidade e os principais motivos pelas reprovações;
- os relatórios comparativos entre os turnos de trabalho.
Logo, tais informações são fundamentais para o reconhecimento dos elementos que estão funcionando ou não, gerando insights para a construção de melhores parâmetros. Lembrando que é sempre preciso levar em conta as particularidades da companhia, adaptando estratégias e alinhando a produção com os objetivos estabelecidos.
As oportunidades do setor metalomecânico
Superados os desafios que listamos acima, as notícias que apontam para a retomada do crescimento global do setor metalomecânico são animadoras. Segundo estimativas do relatório da Grand View Research, Inc., uma das mais importantes plataformas de inteligência de mercado, temos as seguintes excelentes perspectivas:
Metalurgia do pó:
o segmento que engloba o processo de produção de peças metálicas pela compactação de pó-metálico atingirá US$ 5,02 bilhões, até o ano de 2028. Isso representa um crescimento de 11,4% ao ano a taxas compostas, motivadas por iniciativas que visam reduzir o peso das peças aeroespaciais, o uso de manufatura aditiva, além do aumento na demanda por peças automotivas leves;
Materiais de aço:
A estimativa de crescimento é de 12%, em termos de receita, no mesmo período, estimulada pelo baixo custo e a fácil disponibilidade da liga metálica;
Moldagem por injeção de metal:
O segmento liderou o mercado global em 2020 e deve testemunhar um crescimento constante nos próximos anos, devido à importância do processo na indústria de fabricação de componentes;
Aplicações aeroespaciais e de defesa:
Considerada a maior parcela da receita em 2020, a indústria do setor está altamente focada na adaptação de novas tecnologias com um alto orçamento de investimento, impulsionando o segmento. Na indústria aeronáutica, os aportes significativos em impressão 3D de metal para fabricação de peças devem conduzir o segmento à taxa de crescimento mais rápida;
Saúde:
O mesmo acontece na área da saúde, em que a demanda por próteses personalizadas, também via impressão 3D, juntamente com o uso crescente de dispositivos médicos, impulsiona as vendas principalmente no mercado de manufatura aditiva de metal, com destaque para a prototipagem rápida e a produção no local.
Oportunidades de crescimento promissoras e que aquecem o mercado, promovendo o otimismo em grande parte dos industriais que olham para o futuro, investindo em tecnologias e inovações.
Conheça as tendências para o setor metalomecânico
Fazer parte da indústria do futuro já é muito mais do que uma tendência. Hoje, os setores produtivos precisam estar conectados à Indústria 4.0 e tudo o que ela representa, como Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), computação em nuvem e robótica.
Quando o assunto é o setor metalomecânico, a necessidade da automação industrial representa maior competitividade, aumento da produtividade e retorno financeiro. Um tema tão atual e relevante que foi o tema da edição 2022 da Mercopar, a maior feira de negócios e inovação industrial da América Latina e que contou com forte presença de indústrias do metalomecânico.
Por que a Indústria 4.0 é tão importante para o setor metalomecânico?
O motivo é simples: as empresas com maior conhecimento sobre os conceitos de tecnologia de ponta no ambiente produtivo caminham a passos largos para a máxima produtividade e flexibilidade.
Um novo horizonte para toda a cadeia produtiva, trazendo benefícios como novos modelos de negociações e um relacionamento mais aproximado entre indústria e consumidor final.
Mas, somente um planejamento estratégico será capaz de conduzir as decisões em direção a um resultado que assegure o sucesso dos esforços investidos. Porém, não basta apenas planejar ações, mas também acompanhá-las para controlar e ajustar sempre que for preciso, assegurando que as operações sejam executadas conforme o plano.
Com um sistema de gestão assertivo, esse acompanhamento é feito de maneira prática, completa, integrada e automatizada, permitindo que os gestores tenham informações e dados valiosos para conduzir o negócio de forma organizada, se concentrando apenas no que é realmente necessário.
O que também contribui para driblar uma das dificuldades que o setor metalomecânica e as demais áreas da manufatura têm enfrentado, que é a falta de materiais básicos para a produção. Portanto, poder contar com matérias-primas diversificadas auxilia no combate à falta de insumos, um problema atual e deve servir como lição para que a indústria, no geral, evite a concentração das cadeias produtivas.
No caso das indústrias que se abastecem de fornecedores externos, será preciso conseguir diversificar e pensar em alternativas para esse mercado. O que significa investir em uma ampla base de produção para assegurar o suprimento das cadeias industriais, para evitar a dependência de apenas um ou dois fornecedores.
Soluções Rayflex
A importância do setor metalomecânico — principalmente pela dependência que os demais segmentos possuem — nos mostra que é mais que essencial o investimento em tecnologias e equipamentos de ponta. Aplicações de capital visando aprimorar a infraestrutura das fábricas, alavancar a produtividade e, principalmente, garantir o máximo de segurança nos diferentes ambientes industriais.
Por isso, o portfólio de produtos Rayflex é ideal para promover não só a proteção aos trabalhadores, mas, também, às instalações e aos produtos, mesmo com as inúmeras aberturas diárias das portas que levam a assinatura da empresa que é referência no mercado.
Os modernos equipamentos Rayflex trazem as seguintes vantagens para a indústria metalomecânica:
- evitam a entrada de microrganismos que causam contaminações, pois a empresa é filiada à Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação (SBCC);
- isolamento térmico ao ambiente;
- fácil higienização;
- sistema de autorreparação em caso de colisão com as portas;
- resistência às pressões;
- diversas opções de comando para abertura e fechamento das portas;
- melhor fluidez do tráfego de equipamentos e pessoas;
- vedação completa;
- redução de custos e economia de energia.
Esses benefícios que são resultados do sucesso e da experiência de mais de 30 anos de mercado, fazendo das portas rápidas Rayflex as melhores soluções em redução de custos, economia de energia e aumento da lucratividade para o setor metalomecânico. E elas podem ser encontradas em duas versões, a para áreas externas, Vectorflex, e a Porta Rápida RP Rayflex, voltada para áreas internas.
Os melhores modelos da Rayflex para o seu negócio:
A Porta Rápida Vectorflex é um modelo super-resistente e com baixo índice de manutenção. Foi desenvolvida para combater a incidência de vento, com segurança e vedação, além de total economia de energia e redução de custos.
Conta com uma bolsa inferior que proporciona o assentamento total no piso, assim como diversas opções de comando para abertura e fechamento. Incluindo um visor em PVC cristal, para enxergar o ambiente e promover a segurança do tráfego.
Já a Porta Rápida RP Rayflex é sinônimo de robustez e resistência, projetada para espaços internos com elevado fluxo diário de pessoas e veículos. Protege o ambiente contra contaminantes e pragas, por conter uma vedação eficiente.
Além disso, ainda conta com um sistema exclusivo e autorreparável que permite que a lona da porta volte automaticamente às guias em caso de batidas de carrinhos e empilhadeiras, por exemplo.
Ela também possui baixa necessidade de manutenção, uma vez que o seu fechamento é realizado por meio de gravidade, sem a utilização de contrapesos que aceleram o processo de deterioração de uma porta. Outro diferencial é a presença de fotocélula tipo barreira de luz entre as colunas, evitando acidentes durante o seu fechamento.
Acesse o nosso site e entre em contato com os nossos consultores para tirar todas as suas dúvidas sobre os produtos Rayflex: equipamentos que fazem a diferença na sua indústria metalomecânica!